sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Jornalista Samara Souza faz palestra na FBN


Em entrevista aos alunos de jornalismo do 6°período de jornalismo da FBN, a jornalista Samara Souza, da CBN Manaus, diz que a formação superior foi essencial para sua carreira.

Ketleen Mesquita
(6º período de jornalismo FBN)

A jornalista Samara Souza, repórter da rádio CBN Manaus, foi a convidada da professora Jonária França, na última quarta-feira (21), para “conversar” com os acadêmicos do 6º período de jornalismo da Faculdade Boas Novas (FBN), sobre o exercício da profissão nas rádios de Manaus.

Numa conversa informal, a jornalista motivou os acadêmicos ao relatar experiências vividas na profissão. Samara iniciou a carreira há nove anos na Rádio Rio Mar como estagiária, onde ficou nessa função por três meses sem remuneração. Ao término do estágio, foi contrata pela emissora, onde ficou por três anos. Foi o ‘pontapé inicial’ em sua carreira profissional.

Entusiasmada pela carreira no rádio, Samara contou que teve experiências diferentes nas emissoras em que trabalhou - rádios Amazonas, Cidade, TV e Rádio Cultura, Amazon Sat, Agência de Comunicação do Governo (Agecom) e, atualmente está há três anos na CBN Manaus.

Aos 37 anos, ela se declara realizada. “Fazer o seu nome, firmar credibilidade e escutar os ouvintes com respeito, concretiza a formação de uma carreira com sucesso”, acredita.

Formação superior
Durante a palestra Samara Souza deu todo o crédito da sua realização profissional à formação superior em Jornalismo. O interesse em cursar uma faculdade surgiu da necessidade de buscar mais conhecimento na área do rádio. Ela foi a pioneira entre seus colegas a ter curso superior. “Muitos são os que querem ser jornalistas, mas sem os fundamentos básicos de jornalismo e ética não saberão nunca o caminho certo, no mínimo serão divulgadores de relatos e histórias mal contadas”, destacou.

Samara finalizou aconselhando os futuros jornalistas a fazerem exercícios vocais, a encontrar seu estilo de voz, ouvir bastante rádio e ler o texto em voz alta. “Pronuncie bem as palavras e mostre seu potencial criativo, isso fará toda diferença”, aconselhou.

domingo, 27 de setembro de 2009

PEC estabelece independência funcional a delegados de polícia

A proposta apresentada na Emenda à Constituição n° 293/08 está em discussão em Brasília

Os representantes da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (ADEPOL do Brasil) participaram da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) para articular a votação da Proposta de Emenda à Constituição n° 293/08, que concede independência funcional aos Delegados de Polícia. O Vice Presidente da Adepol Brasil Regional Norte, Delegado Mário Aufiero, representou a categoria de profissionais que atuam nos estados do norte do Brasil.

De acordo com o entendimento do autor desta proposta, o deputado Alexandre Silveira (PPS-MG), a principal atribuição da Polícia Federal e Civil dos Estados e do Distrito Federal é o exercício da atividade de Polícia Judiciária, que se destina a investigar os crimes cometidos, colhendo todas as provas de materialidade e autoria, para que o Ministério Público possa formalizar a acusação, desencadeando a ação penal e o Poder Judiciário julgar o infrator.

Porém, atualmente, os delegados das Polícias Federal e Civil, subordinados ao Poder Executivo, desempenham sua relevante missão constitucional, totalmente vulneráveis à ingerência política, pois não possuem a garantia de independência funcional, circunstância que acarreta imensurável prejuízo criminal.

O deputado Alexandre Silveira (PPS-MG) entende necessário dotar os delegados de polícia de independência funcional, concedendo as garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios, para que eles não sofram pressões nocivas ao esclarecimento dos fatos sob apuração, em prejuízo da administração da justiça do país.

O Delegado Mário Aufiero defende a proposta. “A aprovação desta emenda constitucional vai dar mais garantias a autoridade policial que vai poder atuar com mais liberdade para a elucidação mais rápida das investigações.”. Afirmou Aufiero.

Durante a CCJC, discutiram a matéria os Deputados Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) e Gerson Peres (PP-PA). Mantidas as inscrições dos Deputados João Campos (PSDB-GO), Jorginho Maluly (DEM-SP), Vicente Arruda (PR-CE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Luiz Couto (PT-PB), Marcelo Ortiz (PV-SP), Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) e Francisco Tenório (PMN-AL).

Suspensa a discussão em virtude do início da Ordem do Dia do Plenário, a pauta de reunião ordinária continua na próxima quarta-feira, dia 30 deste mês.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Crianças da rede pública aprendem jogar tênis

O projeto utiliza a quadra da escola duas vezes por semana, às terças-feiras e quintas-feiras, das 15h às 17h

Cento e cinqüenta crianças da Escola Municipal Maria do Carmo Rebello de Souza, no bairro São José I, estão praticando tênis, através de um projeto que visa ampliar o alcance do esporte e desmistificar a idéia de que só pode ser praticado pela elite. O projeto, executado há dois meses, passou a ser engajado pelo Tropical Hotel Manaus. Agora, além de praticarem na escola, os alunos também utilizam as quadras do hotel.

O “Projeto Tênis”, como é denominado, foi concebido pela Manaus Eventos, e é coordenado pelo teinador Rosivaldo Ferreira. O projeto utiliza a quadra da escola como local de treino e, duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, das 15h às 17h, os alunos praticam tênis no Tropical Hotel. A ideia é alcançar, até o fim do ano, cerca de mil crianças, de outras instituições públicas de ensino.

Apesar de ser considerado um esporte de elite, o tênis de quadra pode ser acessível a quem tiver interesse e disposição. É isso que a Manaus Eventos, em parceria com o Tropical Hotel Manaus, quer evidenciar com o projeto.

Entre outros recursos necessários, a parceria com o Tropical Hotel inclui a utilização das quadras de tênis, que oferecem segurança e qualidade técnica.

De acordo com Rosivaldo, a sistemática do projeto é a realização de torneios periódicos, onde os participantes do projeto têm a oportunidade de aprender o esporte e se destacar. “Existe o interesse em inserir os melhores atletas em campeonatos interestaduais ou até mesmo internacionais”, almeja.

Rosivaldo alerta para o fato de que, além dos benefícios para o corpo e mente, como todo esporte, o tênis de quadra estimula o raciocínio lógico, a concentração e, principalmente, a disciplina, tornando seus praticantes pessoas mais perspicazes e atenciosas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

SEC oferece oficina prática de produção audiovisual

O curso é gratuito e as inscrições vão até o dia 30 de junho, das 8h às 12h e das 14h às 17h, no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro

O Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, em parceria com a Associação de Cinema e Vídeo do Amazonas – ACVA/ABD-AM, abre inscrições, nessa segunda-feira (22/06), para a Oficina Prática de Produção Audiovisual, a ser realizado, gratuitamente, no período de 06 a 15 de julho, no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro. O curso será ministrado pelo diretor de produção Jean Robert e por Paulo Cezar Freire - jornalista, publicitário e documentarista.
A Oficina Prática de Produção Audiovisual tem como objetivo oferecer informações básicas - teóricas e práticas, de técnicas sobre a produção audiovisual, focando em filmes (produtos) documentários, proporcionando ao aluno a interação com outros mercados de trabalho, mecanismos e técnicas relacionadas ao audiovisual, estimulando a pesquisa e o desenvolvimento de novos projetos, apontando caminhos para a formatação, captação de recursos e a celebração de parcerias necessárias para a concretização de produtos audiovisuais.

Convidado

Paulo Cezar Freire é o convidado do evento e apresentará noções básicas de técnicas de direção de cena, entrevistas, operação de câmera (HD/SD), fotografia/iluminação, decupagem e montagem do roteiro de documentário escolhido. Durante o curso será produzido, com todos os alunos, um filme documentário de curta-metragem como resultado prático das atividades desenvolvidas.
As inscrições começam nessa segunda-feira (22/06) e vão até o dia 30 de junho, no horário das 8h às 12h e das 14h às 17h, no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, localizado na Avenida Pedro Teixeira, Centro de Convenções (Sambódromo), Bloco “F”, no setor de Formação Cultural e Eventos.
O candidato deverá apresentar no ato da inscrição, um currículo resumido de sua experiência na atividade de audiovisual, cópia do certificado de conclusão do ensino médio e cópia do RG. A oficina tem como público alvo: trabalhadores do audiovisual amazonense e estudantes de comunicação cursando a partir do 4º período. O curso acontecerá em tempo integral das 8h às 12h e das 14h às 18h. O número de vagas é limitado, sendo apenas 30. Outras informações pelo telefone (92) 3232-2488.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Enem com inscrição aberta até 17 de julho

Estão abertas as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os candidatos podem se inscrever até 17 de julho, apenas pela internet, na página eletrônica criada especialmente para atender estudantes concluintes e egressos do ensino médio. As provas serão realizadas em 3 e 4 de outubro.

A partir deste ano, com a reformulação do exame, as médias da prova podem ser usadas no processo seletivo de ingresso em instituições federais de educação superior. Outra novidade é que o Enem valerá como certificação de conclusão do ensino médio, desde que o candidato tenha 18 anos completos na data da prova.

Estão liberados de pagamento da taxa de inscrição os concluintes de escolas públicas e os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) de 2006, 2007 e 2008. Outros interessados na isenção devem fazer o pedido até sexta-feira, dia 19.

Mais detalhes sobre o processo de inscrição, pedidos de isenção e aplicação da prova na nova página eletrônica do Enem.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC

terça-feira, 2 de junho de 2009

Demanda do Dia dos Namorados é por vestuário

O preço do presente do Dia do Namorados desse ano será entre R$ 50 e R$ 100

Jonária França

Nada de flores nem jóias delicadas, o presente que os casais enamorados vão trocar no momento de romantismo, em 2009, será do setor de vestuário. Uma pesquisa divulgada essa semana pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Amazonas (Ifpeam) revela que o Dia dos Namorados vai movimentar o segmento de roupas em Manaus, com o consumo de produtos que custem entre R$ 50 e R$ 100.
A dona de casa Kedma Mereles da Silva (26), está na lista dos consumidores que devem presentear o ‘amado’ com roupas. Casada há nove anos, ela já sabe o que vai comprar para o marido e tem em mente quanto pretende gastar com o presente. “Esse ano vou comprar uma camisa que ele está ´paquerando´ há um tempinho. Ainda bem que o preço está dentro do meu orçamento”, revelou citando que tem R$ 50 para investir no mimo.
A exemplo de Kedma, os consumidores entrevistados na pesquisa do Ifpeam se mostraram cautelosos com relação ao valor destinado ao presente para esse Dia dos Namorados. Das 400 pessoas que participaram da pesquisa 33,8% disseram que desejam comprar um item específico para o período, com destaque para a compra de vestuário (34,8%), relógio (8,9%), jóias (8,1%), perfume (8,1%), calçados (7,4%), celular (5,2%), TV (4,4%) e MP3 (3,7%).
A pesquisa mostra ainda que as lojas do Centro ainda são as preferidas na hora de fazer as compras. Para 68,0% dos consumidores os preços e as promoções são dois fatores que influenciam essa escolha.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Empresas do AM recebem R$ 3 mi para inovação



Rafael Nobre

MANAUS - Papel de guaraná, vinho de cupuaçu, voadeira solar e azeite extra virgem de castanha-do-Brasil são alguns dos projetos inovadores contemplados pelo segundo edital do Pappe Subvenção Finep Amazonas – programa estadual de apoio à pesquisa. São 19 micro e pequenas empresas que receberão R$ 2,69 milhões da Fapeam (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Seplan (Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Econômico).

Considerando as 19 empresas enquadradas nos parâmetros do Pappe Subvenção Finep e as quatro que estão na lista de espera, são 23 projetos, somando R$ 3.086.163,30. Dentre os projetos aprovados, os cinco com aporte de recursos mais expressivos representam 34,68% dos R$ 2,69 mi destinados. Entretanto, o projeto mais caro está entre os que dependem da desistência de um dos 19 contratados. A empresa Amazon Store, que fabrica vinho a partir fruta cupuaçu, almeja R$ 199.924,65 para desenvolver seu projeto e levar a bebida ao mercado.

Gester de Souza Bentes é um dos três empresários do interior do Estado que tiveram seus projetos classificados para receber os recursos. O nome de sua empresa é Mudas da Amazônia, está situada na cidade de Nova Olinda do Norte e produz a atualmente apenas mudas de banana. Com o aporte do Pappe Subvenção (Programa Amazonas de Apóio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresas na Modalidade Subvenção Econômica) no valor de R$ 177.797,80, Bentes espera iniciar a produção de mudas de caraua, como especifica seu projeto-base.

Assim como as outras empresas, a Mudas da Amazônia receberá 60% do valor total em setembro deste ano, ou seja, R$ 106.676,68. O restante do investimento ainda não tem data definida, mas os empresários esperam que seja ainda este ano. A fábrica emprega 17 funcionários, comercializa a produção de 450 mil mudas anuais e o capital inicial investido foi de R$ 500 mil.

Um dos produtos mais procurados pelas pessoas que estiveram no lançamento desta edição do Pappe foi o papel de guaraná. Maria Salete Rocha, dona da empresa Refiam (Reciclagem e Fibras da Amazônia), trabalha como artesã profissional há 15 anos e estruturou seu ateliê formalmente há dois anos.

A Refiam produz papéis com cascas de cebola, fibras da bananeira e futuramente com o fruto do guaraná (foto). “Com esse investimento eu vou poder ampliar a minha produção, empregar mais pessoas, e por em prática o projeto de fazer papel do guaraná”, disse Maria. Ela explicou, ainda, que na primeira semana de junho, a produção será feita no Dimpe (Distrito de Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte) Ozias Monteiro, onde ela pretende instalar a empresa e elevar a produção até então familiar, para escala industrial.

Entenda o Pappe Subvenção
O Pappe Subvenção Finep Amazonas é um programa que apoia o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica com recursos não-reembolsáveis em micro e pequenas empresas do Estado. O programa visa o aumento da cultura de inovação e competitividade das micro e pequenas empresas.

Crise financeira e empregabilidade em pauta


Palestra discutiu eventos da crise e impactos no Amazonas

Rafael Nobre

MANAUS - Redução da taxa básica de juros, manutenção de empregos e ampliação da oferta de crédito são as principais ações defendidas pelo presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcos Pochmann, para minimizar os efeitos da crise financeira. Pochmann e técnicos do Ipea fazem palestras por várias cidades do país sobre o assunto. Além das questões ligadas diretamente à economia, os eventos também discutem as consequentes mudanças trabalhistas acarretadas pelas variações do cenário econômico atual.

O Ipea realiza um ciclo de palestra em todos os estado do país, este evento foi mais um dos que ocorrem este ano, como explica a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB). “Tivemos a preocupação de trazer para Manaus um evento desse teor para discutir as saídas para essa crise que também afeta o Amazonas. E ninguém mais indicado que o presidente do órgão que estuda especificamente essa questão”, explicou.

A crise e a empregabilidade no Estado do Amazonas foi o tema da palestra realizada em Manaus, que contou com a presença de diversas lideranças sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical. Wellington de Souza Gonçalvez, membro da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Amazonas, apóia a iniciativa. “O sindicato acredita em eventos como esse que visam a saída mais rápida e positiva para essa crise, e também a melhoria nas questões trabalhistas”, disse.

O local que recebeu a palestra, auditório da Reitoria da UEA, na Avenida Djalma Batista, bairro Flores, zona Centro-Sul, foi completamente preenchido. O titular da Sepror (Secretaria Estadual de Produção Rural) Eron Bezerra comentou, na abertura dos trabalhos, sobre a grande massa de trabalhadores desempregados do interior do Estado. Segundo o secretário, existem cerca de 270 mil pessoas trabalhando no campo, que estão perdendo seus empregos. “As empresas de biocosméticos estão diminuindo a produção com a ausência de demanda e, com isso, demitem seus empregados que trabalham com extração de óleos essenciais”, exemplificou.

A vice-presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Arlene Gomes de Souza, disse que “são com ação práticas e abertas para a população como essas que chegaremos a uma saída de fato para essa crise”. A acadêmica de serviço social, Ana Cláudia Pinheiro, 28, estava atenta a cada proposta. “Apesar de não estudar economia ou contabilidade eu acho que discussões como essas são importantes para todos os cidadãos e faço questão de participar”, enfatizou.

Ações práticas
O presidente do Ipea, Marcos Pochmann, apontou algumas soluções para a superação da crise financeira. As principais são: redução da taxa de juro, distribuição igualitária de renda, aumento da oferta de crédito bancário, manutenção da elevação do salário mínimo e reforma tributária e educacional.

Para Pochmann, a educação deve merecer atenção especial do governo federal para acelerar o desenvolvimento humano e econômico do Brasil. “No Brasil temos trabalhadores que estudam, ao invés de estudantes que trabalham”, disse o presidente do Ipea, sobre a grande quantidade de estudantes que precisam trabalhar para complementar a renda familiar.

Exposição francesa no Palacete Provincial

Nadiele Silva

MANAUS - Entre os espaços disponíveis no Palacete Provincial, um está prendendo a atenção e despertando a curiosidade dos visitantes. O corredor destinado à exposição “Coleção de Esculturas do Mundo” abriga réplicas de esculturas famosas, pertencentes ao Museu do Louvre (Paris).

Segundo a guia turística, Danielle Araújo, 17, acadêmica do curso de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), “a exposição tem como objetivo, resgatar o elo entre o homem e o espaço em que ele vive, através do deserto, céu de cada espaço que existe no ambiente”. A exposição representa oito países e conta seis períodos distintos da história da Arte, com 40 esculturas exibidas.
Todas as esculturas que foram compradas pelo governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura (SEC) e da Associação Nacional de Museus (ANM). Esta última é a única instituição do Brasil que pode reproduzir o acervo dos grandes centros de Artes Franceses.

Conforme Danielle, cada escultura faz parte de uma ocasião da história e suas formas retratam a transformação cultural do momento em que o objeto foi criado. Já as gregas, retratavam os sujeitos mais próximos da realidade. Nela, segundo os historiadores da Arte, os escultores mostravam, por meio das obras, a capacidade de captar a atividade da alma. Com o passar dos anos, essas esculturas já não tinham mais necessidade de reproduzir a realidade a fim de questioná-la de formas rebeldes e misteriosas. “Essas esculturas, inicialmente, retratavam as pessoas, objetos ou animais exatamente como eles eram na perfeição. Depois essa perfeição foi quebrada, passou- se a fazer esculturas deformadas, diferentes da realidade”, explicou Danielle, apontando para uma das esculturas.

Curiosidades
De acordo com matéria do jornal Manaus Hoje, publicada no dia 7 de abril, fatos curiosos tem deixado os visitantes de ‘orelha em pé’. Conforme relatos na matéria, tem ocorrido constantes aparições de pessoas mortas, barulhos estranhos e vultos. Esses são apenas alguns dos registros fantasmagóricos existentes na cidade, que agora rondam as salas do mais novo museu da capital.

“Tem gente que tem alterações no Antigo Quartel da Policia Militar. As pessoas ficam tontas, sentem calafrios e se zangam repentinamente’’, afirmou o secretario estadual de Cultura, Robério Braga, lembrando que no local havia uma prisão.

domingo, 17 de maio de 2009

Deputada faz palestra na FBN


Em palestra para acadêmicos do 5º e 7º períodos de Jornalismo da FBN, a deputada Conceição Sampaio (PP), diz que mulheres precisam participar mais da política no AM

Arleiton do Vale

MANAUS - A participação da mulher na política e a Lei 11.340/2006 (Maria da Penha) foram os temas da palestra da deputada Conceição Sampaio (PP/AM), no último dia 12 deste mês, na Faculdade Boas Novas (FBN). Por quase duas horas, a parlamentar explicou a aplicabilidade da lei e a importância da presença das mulheres nas Casas Legislativas para os acadêmicos do 5º e 7º períodos do curso de Jornalismo, do turno da noite.

O encontro aconteceu no laboratório multimídia, como parte das atividades da disciplina Web Jornalismo, ministrada pela professora Jonária França.

Segundo Conceição Sampaio, no Brasil as mulheres são 51,78% do eleitorado, mas a representação delas nas Casas legislativas se mantém encolhida. “Não é dada condições para as mulheres estarem na vida pública”, atestou se queixando que uma campanha política é muito cara. Além disso, quando as mulheres assumem um cargo eletivo continuam sendo dona de casa paralelamente ao mandato.

“No Parlamento assunto de interesse feminino como câncer de mama precisa ser discutido, por isso, é importante a presença da mulher no Parlamento.

Direitos
Desde a Constituição Federal de 1988 as mulheres começaram a ter seus direitos resguardados, como a licença maternidade, que era de 90 dias, passou para 120 dias e agora está em 240 - depende de a empresa aceitar.

Conforme os dados apresentados pela deputada, a história da mulher na política diz que, durante muitos anos, a mulher não tina sequer o direito de pensar, a partir de 1932 as mulheres tiveram direito ao voto.

Em 1979, Eunice Michillis, representante do Amazonas, tornou-se a primeira mulher senadora brasileira e, em 1994, Benedita da Silva se tornou a primeira senadora negra do Brasil.

Maria da Penha
Exercendo o primeiro mandato, Conceição Sampaio tem se dedicado a defesa da família, em especial, à lei que recebe o nome de Maria da Penha. Em entrevista coletiva, a deputada contou um pouco da história de Maria da Penha, uma cearense, biofarmacêutica, que conheceu o esposo na faculdade. Ele não era brasileiro e precisava casar para conquistar o visto permanente para viver no Brasil. Maria da Penha, apaixonada, fez a vontade dele e teve suas filhas.

Maria da Penha sofreu tentativas de homicídio por várias vezes. Ele tentou matá-la eletrocutada, deu um tiro nas costas enquanto dormia, deixando-a paraplégica, na cadeira de rodas. De tanto ser maltrada, Maria da Penha decidiu lutar pelos direitos em defesa das mulheres que passaram ou passam pelo mesmo problema dela: a violência doméstica.

Segundo Conceição Sampaio a lei, que em 2006 foi promulgada pelo presidente Lula é uma das políticas públicas para as mulheres. “Vivemos em uma sociedade marginalizada, não adianta criar leis se, na prática, as pessoas estão se destruindo”, afirmou, citando como exemplo, uma mãe que matou o filho que se drogava desde os 14 anos. “O Estado tem que proteger a família, isso é lei”, completou.

O Amazonas tem uma rede de proteção a mulher, composta por uma delegacia, um serviço emergencial, uma casa de abrigo e, na Assembléia Legislativa, existe o Centro Humanitário de apoio à Mulher (CHAMe). A deputada é presidente da Comissão dos Direito da Mulher, que tem como dever, discutir os Projetos de Lei (PL) relacionados ao assunto.

Idosos recebem homenagem da Semasc


Cinéia Brelaz e Estefânia Ruis

MANAUS - A Secretária Municipal de Assistência do Vale do Amanhecer no bairro de Petrópolis fez uma festa em homenagem às mães que participam de projeto voltado para as comunidades. A melhor idade foi privilegiada no evento.

A Casa do Cidadão, através de seu coordenador Francisco Chagas de Souza e da instrutora das atividades praticadas com o grupo de mulheres, jovens e crianças, Graciete Cardoso, homenageou as mães com muita música, bolo e discursos que, exaltaram as qualidades das mulheres guerreiras da terceira idade. Durante a festa, foram expostos os trabalhos confeccionados pelo grupo de alunas da comunidade. Entre eles, sandálias decoradas com miçangas, guardanapos pintados, toalhas bordadas em ponto cruz e vagonite, brincos e outros.

Dona Luíza Oliveira de Castro, 79, foi a mãe mais velha do evento e recebeu um prêmio destaque do grupo. Ela tem oito filhos, pratica atividades físicas e não tem vergonha de dizer que joga futebol junto com suas companheiras Maria das Dores, 76 - doze filhos -, Silvana Correia, 73 - seis filhos -, Francisca da Silva, 78 e Neide Andrade de 71 anos, que deu um show ao recitar uma poesia em homenagem às mães. A aposentada disse que, enquanto tiver forças vai continuar praticando esporte, aliás, são várias modalidades esportivas praticadas no grupo.

A semasc também oferece outras modalidades esportivas, entre as quais estão futsal, ping-pong e capoeira. No grupo de terapia Ocupacional, que é voltada para idosos, participam 16 senhoras na faixa etária de 50 a 72 anos.

As atividades acontecem de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h. O curso de pintura em tecido dura seis meses, decoração de chinelos, um mês. Todo material usado nos trabalhos pertencem aos alunos. No final do curso eles levam pra casa e já podem começar comercializar seus produtos. No final da festa foi feito um sorteio entre todas as mães presentes, que saíram satisfeitas do evento.

Acadêmicos de jornalismo visitam cemitério


Iane Kelly

MANAUS - Na tarde de sábado (02), enquanto muitos aproveitavam para descansar, passear com a família ou jogar aquela partida de futebol, a turma do 7º período de Jornalismo da Faculdade Boas Novas (FBN), visitou o Cemitério São João Batista localizado, na Avenida Boulevard Álvaro Maia, Zona Sul de Manaus.

A finalidade da visita era desenvolver a criatividade da turma. Ao chegar ao local, os alunos se espalharam à procura de pautas. O ambiente não ajudava muito as idéias fluírem. A paisagem era composta por cruzes em todos os lugares, estátuas de anjos e dezenas de túmulos do simples concreto aos mais sofisticados cobertos por mármore - existem alguns túmulos até com coberturas, altar para acender velas e banquinhos para os visitantes ficarem acomodados e mais confortáveis.

Após uma breve conversa com os funcionários da administração do cemitério, que estavam de plantão, foram surgindo idéias do que poderia ser notícia, entre os temas surgiram: autônomos que ganham a vida como lavadores de túmulos, o cemitério dos judeus, pedreiros que ganham em torno de R$ 2 mil ao mês construindo os túmulos e a paixão dos góticos pelo ambiente tranquilo e reflexivo do cemitério.

A acadêmica Kássia Macedo entrevistou uma componente do grupo de góticos de Manaus que explicou a atração do seu grupo por cemitério e também o porquê de não ser mais permitido a permanência deles no local. O vídeo está disponível nas páginas do Jornalide.

No final das apurações os estudantes se reuniram e discutiram suas pautas. Segundo Cinéia Brelaz, o que não falta é criatividade para essa turma, pois conseguiram extrair notícias interessantes do cemitério.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cemitério é o local mais visitado pelos gótico


Kássia Macedo

MANAUS - Os góticos preferem andar à noite e costumam se vestir de preto. O cemitério é um dos locais mais visitados por quem segue um estilo de vida considerado diferente. Os adeptos do estilo gótico sempre foram voltados aos movimentos musicais, literários e arquitetônicos. Possuidores de um humor um tanto quanto incompreendido, são chamados de depressivos, por
acharem beleza e graça até nas coisas que, para uma sociedade seriam comuns, eles vêem belos e artísticos.

Uns adotam o preto por gostar da cor, outros gostam apenas de chocar com o impacto visual, isso significa, para a eles, um respeito aos mortos. A maquiagem não é obrigatória, mas é usado para incrementar o visual e manter algo mais depressivo.

Este é o mundo dos góticos, sombrio e languidamente romântico. Uma eterna busca, guiada pela noite e seus mistérios. Porque os góticos gostam tanto de cemitério? Quem vai explicar é a gótica Leilane Albuquerque, de 24 anos, que há 4, faz parte de um grupo de góticos.

Confirma o depoimento dela no vídeo produzido no Cemitério São João Batista, em Manaus.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Família sobrevive com trabalho no Cemitério


Trabalhador tem renda média mensal de R$ 2,2 mil cuidando de sepulturas no São João Batista


Arleiton Bezerra do Vale

MANAUS - Há 18 anos Raimundo Rodrigues Filho (51). Raimundão construtor, como é conhecido, ganha a vida no Cemitério São João Batista, cuidando e construindo túmulos. “Um túmulo com três gavetas custa em média R$ 3 mil, eu dando todo o material e sobram R$ 2 mil de lucro’’, contou.

Com uma renda mensal de R$ 2,2 mil, Raimundo sustenta as quatro pessoas de sua família e, segundo ele, tudo que conseguiu na vida é fruto de seu trabalho no cemitério, além dele, a sua esposa e seu filho Ronaldi, também aderiram à profissão.

A família zela de 62 túmulos contando com mausoléu e capela. O preço varia de acordo com o serviço prestado. Um mausoléu e um túmulo custam algo em torno de R$ 50 por mês, já uma capela sai por R$ 150. Para ajudar na renda, a família juntam cera de vela e vende a R$ 7 a lata. Quando se aproxima o dia dos finados o expediente se estende até à 20 horas.

Raimundão construtor disse que o cemitério é o melhor lugar do mundo. “É calmo e não tem confusão, alguns tempos atrás assaltantes invadiam o cemitério para roubar os visitantes, mas agora está mais seguro, porque quatro seguranças fazem a ronda aqui”, informou.

Histórias de fantasmas
Durante os 18 anos de profissão, ele conta não ter visto uma pobre alma, mas alguns colegas contam histórias mirabolantes do local. “Um amigo meu costumava comprar merenda no comércio ao lado do cemitério e, um dia, a pessoa que o atendeu estava toda de preto. Ele achou estranho e, quando olhou para traz, o homem virou fumaça”, contou, Raimundão que autorizou a divulgação do seu telefone para quem precisar dos seus trabalhos no cemitério São João Batista: 9145-9869.

Maritacas em Novo Airão


Diário de bordo da visita dos acadêmicos do sétimo período noturno, da FBN a cidade de Novo Airão, interior do AM

Kamilla Mendes

NOVO AIRÃO (AM) - Todas as viagens deveriam ter seu diário de bordo, principalmente as feitas com a turma da faculdade. Por se tratar de um momento único, afinal de contas, um ciclo está se fechando em nossas vidas. Esta viajem, da qual vou relatar, tem um gosto especial e, com certeza, marcou a lembranças de todos que se aventuraram nas ruas de Novo Airão.

A manhã de sexta-feira (10/04) foi marcada pelos últimos preparativos.As peças e objetos essenciais estavam na mala desde quinta-feira: gravador, máquina fotográfica, bloco de anotações, canetas, muitas canetas, espírito de aventura e, claro, um biquíni, caso sobrasse tempo para um mergulho, afinal, ninguém é de ferro!Corre, entra no carro. Mas espera, esqueci o dinheiro da passagem.Volta! Enfim. A balsa do São Raimundo e a espera para saber quem realmente vai, pois, todos estão muito acostumados em seus grupinhos e, se imaginar em uma cidade longe, sem nenhum amigo intimo é de matar.

O relógio anuncia 13h, 13h30 e surge a primeira pessoa. Israel bagunçando, pergunta: o que agente vai fazer mesmo, hein? Só ele para quebrar o gelo. Aos poucos os outros vão se juntando e a bagunça começa: de quem é essa mala? Hei! Você pensa que vai passar um mêslá?! Eita que a Charlene já está comendo o quinto peixe nessa hora!Todos vieram. Então, embarquemos rumo a Novo Airão.

Primeiro entrosamento
Na balsa temos o primeiro momento de entrosamento: brincadeiras, fotos, fotos e mais fotos, piadas e um pastor narrando um culto como se fosse jogo de futebol no celular da Kessia. Quando chegamos ao Cacau Pirêra qual a surpresa que nos espera?! Não tem ônibus direto paro o município. Começa-se uma negociação. Quem oferece um ônibus mais rápido e barato para Novo Airão. Enfim, ganhou um ´carinha´ que fez a passagem por R$ 25 cada.

Depois de tamanha barganha, esperamos quase duas horas pelo dito ônibus, mas embarcamos às 15h30, olha só a nossa ´cara´ na foto acima,que demonstra tamanha felicidade pelas horas de espera.Chegamos à cidade por volta de 18h30. Todos cansados, mas ainda eufóricos. Fomos instalados em duas Pousadas: Anavilhanas e Jaú.Depois de instalados, direto para pizzaria, afinal, jornalista com fome não escreve nenhum lead que preste. Sábado às 7h da manhã todo mundo de pé esperando o seu Liciomar na porta da pousada.

Toc-toc-toc. Jonária passando de porta em porta para acordar cada uma de suas ´sete filhas´. O dia de sábado foi cheio. O itinerário contava com os seguintes pontos de entrevista: Fundação Almerinda Malaquias, Centro de Atendimento ao Turista (CAT), restaurante flutuante BotoCor-de-rosa, restaurante flutuante Leão da Amazônia com, a impressionante paeja de Christoffi Guénée (*), depois fomos à casa do prefeito Leosvaldo Roque entrevistar o vereador Jeziel, líder do prefeito. Demos uma pausa para um mergulho estratégico no Mato Grosso, balneário local, fomos visitar o piscicultor local e voltamos para o ônibus.
* pausa para um pequeno comentário: o melhor da viajem talvez tenha sido a visita ao Leão da Amazônia, não pelo bom atendimento, mas pelo passeio de lancha com muita emoção, repetido duas vezes no mesmo dia.

Ressurgindo das cinzas
Neste exato momento, quando todos estavam cansados e decepcionados coma perspectiva de não produzir as matérias para a disciplina de Telejornalismo, eis que pára em nossa frente um táxi. Para nossa surpresa e felicidade geral da nação, surgem ´das cinzas`, os cinegrafistas Danlucio e Josué. E as atividades reiniciam.

O primeiro a gravar a sonora foi o Israel. Não se sabe como, mas ele conseguiu fazer com que todos os mototaxistas se dispusessem a aparecer em sua matéria. Enquanto nosso intrépido repórter tremia em frente às câmeras o resto da equipe sofria dores de parto ao produzir passagem e sonora de suas reportagens.
Seguimos para o Leão da Amazônia onde Estefânia teve oportunidade de entrevistar o senhor Christoffi, proprietário do restaurante. Por falta de iluminação não foi possível fazer minha matéria para TV sobre o turismo com os botos. Corremos para o campo de futebol e, a muito a contragosto, a Charlene fez sua parte.

À noite fomos até a praça para ver se as comemorações da Páscoa rendiam algum material. Se não fosse pela falta de iluminação, algumas matérias muito boas teriam sido produzidas. Bom, mas a noite não foi perdida. As mulheres casadas choraram rios de lágrimas ao falarem com seus esposos por telefone. E os solteiros se divertiram passeando na praça e andando de moto.

Visita a Anavilhanas
Enfim, chegou domingo e toda sua expectativa de visitar o tão falado arquipélago de Anavilhanas. Gravamos minha matéria com os botinhos e, eu repeti exaustivas cinco vezes a mesma pergunta para a sonora. Todos se divertiram alimentando os botos, enquanto eu trabalhava. Participamos e fomos a uma das atrações da páscoa das crianças. Também voltamos a ser criança, cantando e dançando ao som de Balão Mágico.

Em seguida, Embarcamos na lancha de nosso sempre fiel piloto Christoffi Guénée e fomos gravar a reportagem da Kássia. Não sei se foi o nervosismo ou o fato de todos a estarem assistindo, mas ela repetiu mais de cinco vezes, sem exagero. Depois, todos caíram na água, com exceção dos ´pregos´ Kamila e Israel, que não sabem nadar.

A viajem de volta teve um quê de despedida. Enfrentamos Sol e chuva e um eventual banho de urina (risos). Vimos o arco-íris duplicado bem ao nosso lado, mostrando a fidelidade de nosso Deus.

Ficou claro que essa viajem foi um marco.Tivemos a oportunidade de nos conhecer melhor. De desabafar, de resolver rixas e de reclamar um pouco e, também de receber o Israel “chorando” por não querer ficar sozinho no quarto. Criamos vínculos mais fortes de amizades e novos laços fraternos surgiram.

Apesar dos contratempos gerados ainda no município, nos mantivemos unidos e nos divertimos muito - e a pessoa em questão se bateu sozinha.Bom, Novo Airão foi isso, um pouco de tudo. Alegria, euforia, gargalhadas, desabafos, nostalgia. Nostalgia de três anos de convivência diária que está ficando para trás, dia após dia. Nostalgia de amizades que poderiam ter sido firmadas aqui, mas que por orgulho ou falta de tempo não puderam acontecer. Contudo, em nossas lembranças sempre vão estar àqueles três dias de trabalho gratificante e os esforços da nossa professora Jonária, que de tanto reclamar, conseguiu se tornar inesquecível.

domingo, 10 de maio de 2009

Cemitério também é atração turística


Aos 105 anos de existência, o Cemitério São João Batista é uma espécie de ‘arquivo morto’ da história do AM

Adriana Araújo


MANAUS - O Cemitério São João Batista, em Manaus, está deixando de ser apenas um local visitado por pessoas que perderam seus entes queridos, para se tornar uma atração turística. O local faz parte da história da região e tem uma importância cultural e arquitetônica para a cidade.

Inaugurado em 05 de abril de 189, pelo então médico Aprígio Martins de Menezes, sepultado no dia 19 do mesmo mês, a necrópole começa a funcionar e torna-se um campo “santo” para algumas famílias.

Em 1905, o superintendente municipal Adolpho Lisboa mandou construir um muro de alvenaria, um gradil e portões de ferro fundido, fabricados em Glasgow, na Escócia, e uma “Capela de Styllo” no lugar de um antigo necrotério. A obra transformou o cemitério em um autêntico lugar de descanso eterno.

No local estão sepultados pessoas importantes da política, das artes e também da cultura amazonense, além das esculturas que permitem identificar as épocas. Entre os nomes que marcaram a história do Amazonas estão: Homero de Miranda Leão, poeta, escritor e também político; Eduardo Gonçalves Ribeiro o “pensador”, como era conhecido o ex- governador do Amazonas do período áureo da borracha e, mais recente, o Senador do Estado, Jefferson Peres.

Viagem no tempo
A visita ao São João Batista, permite viajar no tempo e conhecer mais da história do Amazonas. Entre os túmulos mais visitados está o de “Santa Etelvina”. Nascida no Ceará, a santa de devoção popular, veio para Manaus com o pai na época da extração da borracha. Segundo os mais antigos, ela foi assassinada e esquartejada por um homem, por não ter feito sexo com ele, em seguida, esse homem cometeu suicídio. Um jazido com uma escultura foi construído em homenagem a “santa”, que não é canonizada pela Igreja Católica.

Segundo Raimunda Felix, acadêmica do 7º período de jornalismo da Faculdade Boas Novas (FBN), visitar o cemitério é como visitar um museu. “É impressionante a diversidade de esculturas e estatuetas que encontramos no local, uma mais bem esculpida que a outra. Isso sem levar em consideração as celebridades que estão sepultadas no local, as nos permite conhecer um pouco mais da história”, afirmou.

Revitalização
Recentemente o cemitério passou por um processo de revitalização e reforma organizada pela Prefeitura de Manaus. As obras de recuperação foram desde a restauração dos dois portões de ferro, passando pelas grades que servem de muro, até a reforma da capela do cemitério.

Com 105 anos de existência o Cemitério São João Batista faz parte do patrimônio histórico de Manaus, além de ser corredor cultural com direito a visitas de turistas e estudantes.

De acordo com Arleilton do Vale, que também é acadêmico do 7º período de jornalismo da FBN, é possível encontrar beleza em coisas que passam despercebidas. “Lá podemos encontrar uma lápide, um túmulo, mas principalmente, arte, beleza e história”, declarou.

Balcao de empregos à serviço da comunidade


Projeto desenvolvido pela Associação para o Desenvolvimento Integrado Sustentável (Adeis) funciona em comunidades periféricas de Manaus


Rangel Pessoa


MANAUS - Os moradores dos bairros da Zona Leste da cidade
encontraram uma alternativa para conseguir emprego para a mão-de-obra ativa da comunidade. Eles criaram um programa denominado Balcão de Emprego, que tem como principal objetivo, incluir no mercado de trabalho formal e informal, moradores desempregados.

Desenvolvido pela Associação para o Desenvolvimento Integrado Sustentável (Adeis), o programa atua há seis anos e atendeu aproximadamente 1,4 mil pessoas. A associação possui três sedes na capital, Mauazinho II, João Paulo II e Grande Vitória, todos na Zona Leste.

O programa surgiu da necessidade de os comunitários espantarem o “fantasma” do desemprego. O grande benefício é que muitas vezes o comunitário não tem o dinheiro para comprar o jornal, ele vai até os centros comunitários e ver as vagas disponibilizadas em jornais, internet e nas empresas parceiras em torno do bairro a comunidade e de outras áreas.

Agentes
A Adeis possui pessoas treinadas para desenvolver atividades no balcão: os Agentes de Orientação Profissional - AOP’s. Eles são responsáveis para atender os comunitários. Nesse processo, os agentes cadastram o perfil de cada um, como se fosse um tipo de Recursos Humanos (RH) comunitário. Uma vez que, o comunitário for é inserido no mercado de trabalho, ele passa por um processo de acompanhamento, que vai de três meses a um ano.

Segundo a diretora e responsável pela Adeis Débora Galli, os Centros Comunitários servem de apoio, onde a população tem a oportunidade de encontrar o tão sonhado emprego. Ela enfatiza que o isso é para as pessoas da comunidade e o serviço é de graça. “Na maioria das vezes, o comunitário não tem informações sobre o mercado de trabalho e seus recursos financeiros são escassos, outros não têm nenhum tipo de recurso”, contou.

Beneficiado
Um dos beneficiados do programa foi o operador de máquinas Cledson Lima Vasconcelos (27). Desempregado há duas semanas, ele se dirigiu em uma das sedes comunitárias e conseguiu um emprego. “Eu pensava que ia ficar muito tempo desempregado, por causa dessa crise. Mas, um amigo meu falou do banco de emprego, eu fui até lá e graças a Deus estou trabalhando”, disse Vasconcelos.

O balcão de emprego possui o Serviço de Orientação ao Trabalho (SOT), onde são abordados conteúdos importantes, ministrados através das oficinas de língua portuguesa, conhecimentos gerais, como elaborar um currículum e dicas de como se apresentar em uma entrevista. Cada uma, de acordo com as vagas ofertadas.
O balcão de emprego faz parte de um programa mais amplo, desenvolvido pela Adeis. Atualmente a associação precisa de voluntários, doações (livros, roupas, brinquedos, financeira) e parcerias diversas.

Para contribuir contacte o centro comunitário Movimento Comunitário, no bairro Mauazinho II, Rua Panorama, 76, através do telefone (92) 3618-1019. Há tambpem o Conselho Comunitário do João Paolo II, localizano na Rua Jucá, 9, no bairro João Paulo II. O Centro Comunitário da Adeis fica na Rua Ariaú, 42, bairro Grande Vitória, telefone (92) 3248-5657.

Numismática com exposição permanente

Arleilton Bezerra do Vale

MANAUS - Com a reabertura do Palacete Provincial, em 15 de março deste ano, o Museu da Numismática Bernardo Ramos, que antes funcionava de forma tímida no Palácio Rio Negro, na Avenida 7 de Setembro, Centro, agora ocupa duas salas do prédio com exposição permanente.

O acervo atrai centenas de pessoas diariamente para visitar as moedas antigas e minúsculas barras de ouro da época dos escravos. Os produtos têm chamado atenção dos visitantes. O local possui 17,3 mil peças acondicionadas em 74 vitrines, além de moedas e condecorações Nacional e Internacional.
O museu também tem sido procurado por estudantes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Segundo a estagiária Izinha Toscano, 280 estagiários de cursos diferentes trabalham como guia no local.

Alguns acervos foram adquiridos pelo governo do Amazonas outros, foram doados. Situado no Palacete Provincial, na Praça Helioodoro Balbi, o Museu da Numismática está aberto de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h. Nos finais de semana, das 10h às 19h, aos sábados e aos domingos, das 16h às 21h.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vantangens em trabalhar no cemitério

Com mais de 105 anos de funcionamento, o Cemitério São João Batista é um local de mistérios e curiosidades que fascinam os trabalhadores.

Altimar Nascimento

MANAUS - Para alguns o cemitério é um lugar diferente onde os mortos repousam. Outros o consideram sombrio e amedrontador. Mas não é desta forma que os trabalhadores do Cemitério João Batista, localizado no bairro Boulevard Álvaro Maia, Zona Centro-Sul, enxergam o lugar. Para eles este é um emprego como outro qualquer.

O jardineiro, Jardesson Nunes (25), considera seu trabalho “uma atividade tão digna quanto outra função”. Entre suas obrigações estão incluídos a manutenção dos jardins e limpeza dos túmulos. Embora considere a função normal, Nunes comenta que nunca imaginou trabalhar no cemitério. “É diferente da visão que eu tinha, até agora não escutei nenhuma voz do além”, comentou.

Casado e com um filho para sustentar Jardesson Nunes não pensou duas vezes, aceitou o emprego. Para o jardineiro essa função chegou ao momento certo. “Eu acho que esse é um trabalho normal. Não acredito em espíritos, só em Deus”, confessou.

Zelador do ambiente há 22 anos, Raimundo Maurício (46), dedicou boa parte de sua vida ao cemitério. Maurício já limpou sepulturas e fez a poda das árvores. Um trabalhador “polivalente da manutenção”, como ele se define. Raimundo Maurício também diz que ainda não viu nada de sobrenatural. “Nunca vi não fantasmas os vigias que trabalham à noite dizem que já viram coisas diferentes”, revelou.

Antes de se acostumar ao trabalho no cemitério, o zelador era uma pessoa supersticiosa e, demorou algum tempo para se adaptar ao novo local de trabalho, no ano de 1987. “Eu chegava a casa e não dormia à noite. Passou um tempo para eu me costumar. Uns três ou quatro meses. Agora isso é coisa do passado”, contou.

Logística
O Cemitério São João Batista conta com dez funcionários, que fazem a manutenção diária. Além deles, segundo Lenai Couto França, do setor administrativo, existe ainda o pessoal terceirizado. A Prefeitura abre concessões de terra às famílias, em troca, elas cuidam da manutenção das sepulturas, capelas, jazigos e outros. “Existe outro tipo de terceirizado, que são os construtores. Eles trabalham com projetos, são cadastrados na Prefeitura, mas não são funcionários. À noite o cemitério conta com seis vigias”, explicou Lenai Couto.

Atualmente, a administração conta ainda com apoio dos guardas municipais, que três vezes, durante o dia, fazem patrulhamento. Antes disso, muita gente invadia o cemitério para fazer vandalismos. Hoje ainda ocorrem alguns casos, porém, os guardas inibem as ações. “Eles pulam o muro e vem fumar droga nas últimas quadras. Os guardas vêm e os levam para a delegacia”, informou.

rante o ano o cemitério passa por uma limpeza geral, com a manutenção própria e reforços de mais de 60 homens. Tudo em regime de mutirão, mas a falta de conscientização das pessoas que visitam o lugar ainda é um problema.

Só é sepultado no São João Batista quem tem jazigos de parentes ou pessoas próximas com concessões no cemitério. O custo para abrir uma sepultura é R$71,18 mais uma taxa de R$16,00. O pagamento é feito através dos Correios.

domingo, 3 de maio de 2009

Artesanato de Novo Airão recebe prêmio do Sebrae


O artesanato da Fundação Malaquias, de Novo Airão, conquistou o mundo e está entre as cem melhores do Brasil

Kessia Cristina Cabral Fonseca

NOVO AIRÃO (AM) - O artesanato de Novo Airão caiu no gosto do estrangeiro. O município já exporta produtos confeccionados manualmente para países como Suíça, França e Estados Unidos e já começa a colher o reconhecimento do trabalho. Recentemente a Fundação Almerinda Malaquias – uma espécie de escola de artesanato – conquistou o prêmio Sebrae Top 100, que premia as melhores produtoras de artesanato do território nacional. O troféu é motivo de orgulho entre os moradores.

De acordo com o presidente da Jean Daniel Vallotton o prêmio da Fundação foi por meio do projeto Nova Arte, que ensina os artesãos a trabalhar com os materiais disponíveis na natureza, transformando-os em produtos ‘tipo exportação’.

Exportação
O município é conhecido mundialmente pela produção e exportação de artesanato confeccionado a partir de resíduos de madeira das serrarias, estaleiros navais e de restos abandonadas pelos madeiros nos ramais espalhados na cidade. Os responsáveis pelo desenvolvimento econômico da região já vêem o artesanato como pólo econômico sustentável em Novo Airão.

“É um desafio encontrar alternativas de geração de renda para os 14.630 habitantes porque o município está localizado em uma área onde a política de uso de recursos naturais é restrita e regularmente fiscalizada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis). É preciso saber usar com responsabilidade nossa matéria-prima”, afirmou Vallotton.

Novo Airão possui área de preservação ambiental como Parque Nacional do Jaú, a Estação Ecológica de Anavilhanas, Parques Estaduais e a reserva indígena de Waimiri Atroari.

Educação
O sueco Daniel Vallotton está há 26 anos em Novo Airão. O trabalho dele a frente da Fundação Malaquias, segundo reforçou, é a busca de soluções econômicas, sócias e ambientas nas margens do Rio Negro, além de promover educação e programas de capacitação profissional com foco no empreendorismo.

Na Fundação são desenvolvidos programas como Ateliê das Crianças, Pro-Futuro e
Escola Silvestre, onde os participantes aprendem como produzir peças artesanais, sustentabilidade, postura adequada para cuidar do patrimônio natural, econômico e social, bem como os valores humanos e a relação do homem e a natureza.
A Nova Arte é a associação criada pela Fundação Malaquias. Ela é formada por 50 artesãos autônomos, todos formados nos programas de capacitação. O projeto recebe apoio da Fundação, que organiza vários cursos específicos para aperfeiçoar a qualidade e a produtividade dos artesãos.

Prêmio Top 100 do Sebrae
O prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar o trabalho realizado por artesãos de todo o País, selecionando as 100 unidades produtivas mais competitivas do Brasil. Estética, arte e cultura são importantes para a confecção de peças artesanais, porém, o que diferencia o Top 100 de Artesanato da maioria dos prêmios é o fato da avaliação ir além destes requisitos e levar em conta processos produtivos com foco no mercado. São avaliados 11 quesitos, entre eles, o grau de inovação dos produtos, adequação econômica dos produtos, adequação ergonômica dos postos de trabalho, adequação ambiental; a eficiência produtiva e adequação cultural.

Palacete Provincial custou R$ 6,5 mi

O investimento restaurou a memória histórica de Manaus

Kessia Cristina Cabral Fonseca

MANAUS - Todas as manhãs o cidadão amazonense que reside ou trabalha nas proximidades da Praça da Polícia, no Centro de Manaus, tem o privilégio de ouvir a banda da Policia Militar (PM) tocar a alvorada anunciando um novo dia e ver o corpo de agrupamento militar se preparar para erguer as bandeiras do Município, do Estado e da Nação. Tudo isso porque um investimento da ordem de R$ 5,6 milhões foi destinado à revitalização do antigo prédio onde funcionava o quartel general da PM, hoje transformado em Palacete Provincial.

A idealização, prevista no projeto Belle Epoque (reconstrução dos monumentos históricos da cidade de Manaus), foi uma iniciativa do governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Manaus. O resultado é uma vasta obra que afirma a identidade cultural do povo amazonense.
Com o Palacete Provincial, as Praças Roosevelt, Gonçalves Dias e Heliodoro Balbi, que compõem o complexo da Praça da Polícia, se tornaram mais que um atrativo turístico. O local se transformou em um cenário vivo de uma história contada por meio de objetos e materiais expostos. Eles remetem à memória cultural da sociedade amazonense.

No prédio estão diversas coleções de peças pertencentes ao acervo do Estado, com destaque para o Museu da Numismática (coleções de moedas) e o acervo do Museu da Imagem e do Som, composto por 450 peças entre vídeos, fotos, slides, CDs e DVDs, que contam a história do Amazonas e estarão à disposição para consulta dos usuários. Existe ainda o ateliê de restauro de obras de arte e de papel, réplicas das maiores esculturas do Mundo (adquiridas no Museu do Louvre, na França). A história da PM também é contada, o resgate histórico é feito com a exposição de roupas, armamentos e documentos da corporação, no Museu Tiradentes, que abriga ainda o Gabinete do Comandante.

O curioso é que o visitante pode ouvir os tiros disparados pelas armas expostas por meio de fones de ouvido, ou conhecer uma cela onde eram mantidos os prisioneiros, preservada em suas condições originais.

Uma viagem pelo Palácio Provincial

O Palacete foi construído em 1867 para ser sede do Tesouro Provinciano

Marinho Ramos

MANAUS - O antigo quartel da policia Militar do Estado do Amazonas está de “cara nova”. Construído em 1867 - quando o Amazonas ainda era uma Província - para ser a sede do Tesouro Provinciano, o prédio faz parte do complexo arquitetônico, que engloba o Colégio Dom Pedro II (Estadual). Localizado em frente Praças Heliodoro Balbi, Ruswelton e Gonçalves Dias, o local já foi sede de várias repartições pública, entre elas, o Liceu de Arte, Biblioteca Pública, Assembleia Provinciana, Escola Normal Superior e Comando da Polícia Militar por duas vezes.

A reforma teve início em 2005, e só foi reinaugurada em 25 de março de 2009. Hoje abriga três museus: o Tiradentes, o Numismática, e da Imagem e do Som (MISAM). A obra é parte do projeto de revitalização do patrimônio público, de iniciativa do governo do Estado.

Uma visita ao palácio é fazer uma viagem no tempo, onde o visitante pode conhecer das artes medievais a contemporânea, das histórias da humanidade do Brasil a do Amazonas. A recepção é feita por uma equipe de guias treinados para explicar qualquer indagação do visitante.

Ao entrar na Pinacoteca, de estilo contemporâneo, o primeiro contato que se tem é com o expressionismo realçado pelo tema principal: a luz. Logo na entrada, o visitante dá de frente com o quadro do último baile na Ilha Funchal (), em preto e branco. A obra é um pouco confuso porque as pessoas não estão muito nítidas, o que dá uma sensação de algo obscura. O artista expressa seus sentimentos na incerteza da passagem do quadro, que destaca a passagem política da Monarquia para a República. Aos poucos pelos corredores, o visitante entrando no mundo das artes.

No museu da Imagem e do Som um pouco da história de Silvino Santos, o pioneiro do cinema no Amazonas. O cineasta português chegou a Manaus ainda criança e é considerado um dos primeiros a trabalhar com a sétima arte no Brasil.
No museu Tiradentes o contato é com as histórias do Amazonas e da Policia Militar. É possível conhecer os armamentos usados na Guerra de Canudos, na Bahia.

O estudo das tribos indígenas que habitavam e habitam as regiões do Amazonas, também está disponível no museu da antropologia. O local mostra a cultura indígena com seus rituais fúnebres e suas urnas funerárias.
O passeio termina no Museu de Numismática, que possui um acervo de 18 mil moedas, das quais apenas oito mil estão expostas para o público por falta de espaço. Quem visita o local conhece a história das civilizações desde o ano 238 a.C. até o Contemporâneo.

Segundo informações da administração do museu, determinadas civilizações, como a grega, já usavam uma tecnologia avançada para fabricar suas moedas. O passeio pelo museu da Numismática encerra com a apresentação do Sistema Monetário Brasileiro, que vai do período Imperial ao atual Sistema Político Republicano.

sábado, 2 de maio de 2009

Anavilhanas mistura biodiversidade e lazer

O pacote para Anavilhanas custa entre R$120 e R$400

Kássia Macedo

ANAVILHANAS, NOVO AIRÃO (AM) - Quem deseja conhecer as belezas naturais existentes no Amazonas pode se render aos encantos de Novo Airão. A cidade fica a 105 quilômetros de Manaus e oferece várias opções de lazer. Uma delas é o Arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do mundo. Situado no Rio Negro, o local merece exclusiva atenção não só por sua viva beleza cênica, mas pelas espécies naturais que oferece aos visitantes. O pacote do passeio custa de R$120 a R$400 por pessoa, para uma viagem de duas horas.

No período de cheia, de janeiro a agosto, metade das ilhas fica submersa e as praias, comuns no período de seca, desaparecem. O arquipélago é constituído por cerca de 400 ilhas, inúmeros igarapés, paranás (canal que liga dois rios), além de diferentes formações florestais. Anavilhanas abriga grande biodiversidade de animais e vegetais e, com destaque para os ameaçados de extinção como peixe-boi, botos, pirarucus, onças-pintadas, tartarugas e espécies que não são encontradas em nenhum lugar do mundo.

Para garantir que a visitação em Anavilhanas seja de caráter educativo, como o Plano de Manejo da Unidade, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com outros órgãos e instituições, criou no local, o programa “Visitação Educativa”. Esse programa regulamenta as atividades de visitação e capacita barqueiros e operadoras de turismo para atuarem nos pontos turísticos, trabalhando, ao mesmo tempo, a educação ambiental com temas locais que envolvam o contexto da floresta Amazônica.

A esperança dos guias turísticos é que, com a chegada da ponte sob o Rio Negro, aumento o número der turistas na cidade. Jean Christopher é um dos guias turísticos de Anavilhanas. Ele acredita que haverá maior movimentação do turismo em Novo Airão porque as pessoas não precisarão fazer a travessia de balsa. “Com a construção da ponte vai aumentar o interesse dos turistas em conhecer o lugar, pois é o segundo maior arquipélago mundial de água doce, isso atrai a curiosidade dos turistas, principalmente os estrangeiros”, comentou.

Vale ressaltar que não é permitido em Anavilhanas, acampar, caçar, transportar e comercializar animais silvestres. Também é proibido depredar a vegetação, inclusive à extração de madeira e coleta de plantas, fazer queimadas, portar armas ou instrumentos destinados ao corte, caça, pesca ou quaisquer outras atividades prejudiciais a fauna e flora.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Palacete Provincial resgata história da PM

O Palacete é o mais novo ponto turístico da cidade, possui diversos espaços culturais e está aberto ao público durante a semana

Rafael Nobre

MANAUS - A Polícia Militar (PM) do Amazonas acaba de ganhar um museu (Tiradentes) reservado para preservar e difundir sua história. O Museu Tiradentes está localizado no pavimento superior do Palacete Provincial, antiga Praça da Policia, na Avenida Getúlio Vargas, centro da capital amazonense.

O Palacete Provincial foi restaurado e reinaugurado pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC) e oferece diversos espaços culturais. Com visitação semanal de 5 mil pessoas, o Palacete é o mais novo ponto turístico da cidade e possui ao seu redor, três pequenas praças: Heliodoro Balbi, Roosevelt e Gonçalves Dias.

Exposição
Para chegar ao museu da PM é necessário passar pela exposição volante Esculturas do Mundo, que está com 40 réplicas oficiais de esculturas do Museu do Louvre, de Paris. A sala inicial do Museu Tiradentes é composta pelo gabinete de Comando da Polícia. As paredes são cobertas por quadros e estantes, espadas, escudos e armaduras medievais de Portugal. O piso de madeiras, os tapetes e móveis em madeira com couro são todos originais da época em que o Palacete era o Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas.

Avançando pelo museu, composto somente de mais uma sala, os visitantes encontram um “caminho”, que conta toda a história da polícia no Estado. O local, denominado Exposição Flagrantes da História, disponibiliza diversos painéis com textos e imagens que ilustram o que é falado pelos guias. Na exposição são encontradas armas e munições de diversos séculos, além dos uniformes que a polícia já utilizou. Existe ainda uma coluna com instrumentos de sopro, utilizados em apresentações dos soldados como as comemorações da Independência do Brasil. Oito guias fazem o acompanhamento no museu, que conta com a presença de quatro policiais responsáveis pela segurança permanente nas duas salas, devido às armas e munições expostas.

Nas vitrines onde ficam as armas e munições os visitantes podem sentir a sensação dos disparos por meio de fones de ouvido. O som dos tiros assusta alguns curiosos, que não passam mais de três segundos com os equipamentos. Após os armamentos, está a vitrine de medalhas com todas as condecorações expedidas pela PM do Brasil. Ao lado fica uma réplica (com metade do tamanho) de uma cela, que mede 1,7m de altura por 1,5 m². Conforme os guias, no passado, a cela original era usada para “punir” quem desobedecia às regras do Comando da Polícia e, chegava a abrigar seis presos.

Os visitantes mais curiosos podem experimentar 30 segundos dentro dela, como relatou a secretária Juliana Cavalcante (26). “Eu me senti como se o local estivesse diminuindo. Não dá para se mexer direito, não tem onde sentar e a temos a sensação de que não vamos conseguir respirar direito aqui dentro”, comentou.

Corpo de Bombeiros
A última área da exposição é destinada ao Corpo de Bombeiros, que em 1998 foi desvinculado da PM, passando a chamar-se Corpo de Bombeiros Militar. Ao longo da segunda sala, estão disponíveis vídeos institucionais com história da Corporação. O visitante também pode apreciar uma bandeira do Brasil da Guerra de Canudos de 1897, ainda manchada de sangue e com furos de balas. A janela com aproximadamente 25 centímetros quadrados é insuficiente para ver a bandeira. “Acho que a bandeira deveria estar numa vitrine grande, como fizeram com as armas. Quase não consegui ver o que tinha naquela janelinha, fiquei procurando os furos das balas”, sugeriu o analista de sistemas Tomás Azevedo (41). Ele disse ainda que as janelas do palacete são bem mais interessantes, pois, dão uma vista privilegiada de todas as praças. “É bem melhor que procurar uma escondida”, garantiu.

Crianças e adolescentes são maioria no Palacete Provincial

O Blog Jornalide visitou o Museu Tiradentes no fim da tarde do último sábado (18 de abril). Apesar de ser proibido filmar ou fotografar no interior do Palacete, o local recebu grande número de visitantes. De acordo com a contagem dos guias, feita manualmente, até o horário da visita do Jornalide, um total de 450 pessoas já tinha passado pelo Museu Tiradentes. “Diferente do que se espera para um público de museus, temos recebidos muitas crianças e adolescentes, que somam mais de 50% do público”, disse o guia André Silva (20), acadêmico de Turismo da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).

As três praças e o Palacete Provincial são protegidos ininterruptamente pela própria PM e pela Comissão Permanente de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico. O Palacete funciona de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h; aos sábados das 10h às 19h e aos domingos das 16h às 21h. Para atender a demanda, a SEC mantém o lugar aberto por mais uma hora nos fins de semana.

Construído em 1861 para ser a residência do capitão da Guarda Nacional, o Palacete só recebeu este título em 1874, após ser comprado e ampliado pelo presidente José Bernardo Michilles. Durante o governo efetivo de Eduardo Ribeiro (1892-1896), o Palacete tornou-se o Comando da Polícia Militar. Hoje o prédio está tombado em conjunto com a Praça Heliodoro Balbi e o Colégio Amazonense D. Pedro II, como patrimônio da história nacional.

O Palacete Provincial está pintado nas cores originais (marrom e amarelo), possui dois andares, grades janelas verticais em todos os lados, dispostas paralelamente. As janelas do segundo andar possuem sacadas na cor branca, mas nunca são abertas.

Se não fossem pelas placas indicativas, as três praças seriam apenas uma, tal a proximidade entre elas. Com um pequeno lago artificial, duas pontes e três chafarizes, este conjunto de praças está sempre com crianças brincando, casais passeando abraçados e idosos conversando sentados nos 53 bancos de cimento trabalhado. Há 49 árvores e oito esculturas em bronze e ferro, réplicas das originais. As estátuas da deusa grega Diana e de D. Pedro I se destacam por seu tamanho natural e riqueza de detalhes. Além destas, há dois guardas de ferro ladeando a entrada do Palacete, chamados de zuavos. A escultura da esquerda lembra um soldado gaúcho com calças folgadas e as botas características daquela região. O colete dele remete aos piratas ingleses do século XVI. O outro é um típico soldado da época do Brasil Império, quando a capital ainda era a cidade do Rio de Janeiro. Existem ainda dois espaços para apresentações musicais diárias, sempre no fim da tarde e início da noite. (RN)

domingo, 26 de abril de 2009

Manaus expõe achados arqueológicos

Os fragmentos e objetos antigos, que pertenciam à Igreja Nossa Senhora da Conceição, estão disponíveis para visitação no laboratório de arqueologia, no Palacete Provincial

Cinéia Brelaz Grana


MANAUS - Quem tem interesse em conhecer um pouco da história arqueológica de Manaus pode se dirigir ao Palacete Provincial, localizado na Avenida Sete de Setembro, Centro, nas Praças Heliodoro Balbi e Gonçalves Dias Roosevelt. O local foi inaugurado na primeira quinzena de abril e disponibiliza o Laboratório de Arqueologia Alfredo Mendonça de Souza, onde são colecionados os fragmentos e objetos encontrados nas redondezas da Praça Nossa Senhora da Conceição, a Praça da Matriz.

Aberto para visitação de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h e nos fins de semana, das 8h às 19h, com entrada gratuita, o laboratório de arqueologia tem recebido uma media de 200 pessoas por dia. De acordo com os guias do local, a curiosidade pela história da cidade é uma das responsáveis pela demanda dos visitantes.

O pastor evangélico Adelson Quiroz (53) compõe as estatísticas de pessoas com interesse pela arqueologia da capital amazonense. Em visita ao museu, disse estar admirado por ver tantas coisas importantes para a cultura da população manauara. Para ele, ver o resgate de parte da história da cidade é gratificante. “Eu pretendo voltar aqui para conhecer melhor o museu. Revivi o passado olhando esses fragmentos encontrados na Praça da Matriz”, contou o pastor.
O laboratório de arqueologia recebe objetos encontrados dentro e fora cidade, desde que tenham alguma ligação histórica com Manaus, como explica o estudante de Sociologia, Fabiano Costa. “Aqui também são feitas as pesquisas sobre os objetos encontrados”, disse Fabiano, que é responsável pela orientação aos visitantes, no Laboratório de Arqueologia Alfredo Mendonça de Souza.

Serviço
Para chegar ao Palacete Provincial de qualquer zona da cidade, basta pegar os ônibus via-centro e parar próximo à antiga passarela da Sete de Setembro.
O sítio arqueológico é responsável por informações de caráter mais geral com padrões de assentamento, organização social, distribuição espacial e o trabalho no laboratório, onde é possível obter informações específicas como métodos e técnicas de fabricação e, os tipos de matérias-primas usadas.

Os materiais arqueológicos encontrados na Catedral de Manaus foram tratados no laboratório e totalizam 795 sacos de peças fragmentadas da cultura do século XIX e XX. Ao todo foram catalogados 40 mil recipientes de vidro, fragmentos de louça, garrafas de coca-cola, cerâmica, lajota e metal. Entre os objetos estão garrafas de enfeite importadas de Portugal e Inglaterra. Faz parte do acervo inclusive material indígena, como um cachimbo moldado em argila. Todos os objetos estão expostos no laboratório.

Vivo começa operar em Novo Airão


A empresa de telefonia móvel é a primeira a se instalar no Município

Israel Carvalho e Raina Félix

NOVO AIRÃO (AM) - Depois de anos a espera da rede de telefonia móvel, os moradores de Novo Airão, a 105 quilômetros de Manaus, terão acesso ao sistema. A operadora Vivo, em parceria com a Prefeitura local, vai implantar sua primeira torre no município. A inauguração está prevista para este semestre.

A chegada da rede de telefonia móvel em Novo Airão vai tirar os mais de 15 mil moradores da “escuridão” tecnológica. Na terra dos botos cor-de-rosa os serviços de comunicação ainda são precários. Conhecido no Brasil e no exterior por suas belezas naturais e exóticas, o município dispõe apenas de uma emissora de televisão e não possui sistema de rádio. Telefonia celular é uma reivindicação antiga da população, que recebe a visita de mais 500 pessoas por semana, entre turistas locais, estrangeiros e curiosos.

O empresário Antonio da Silva Coelho, que costuma visitar a cidade nos feriados e fins de semana, reclama por não poder se comunicar por celular na cidade. “Eu sempre venho de Manaus passear com minha família em Novo Airão, mas uma coisa me incomoda: o fato de não poder fazer contato por telefone celular para outro lugar”, disse.

Mudança

Mas, a situação começou a mudar a partir deste ano em Novo Airão. O município passa por uma revolução no sistema de comunicação com a chegada da operadora Vivo. A empresa está com as obras de instalação da primeira antena em fase de acabamento. A torre de transmissão mede cerca de 75 metros de altura e tem capacidade de oferecer cobertura para toda a cidade.

Os trabalhos de implantação começaram há cerca de dois meses e, segundo o prefeito do município, Leosvaldo Roque Migueis (PSDC), as obras já têm prazo definido para finalização. “A partir do dia 20 de abril a população novoairense e todos que nos visitam, poderão utilizar os serviços de telefonia celular, pois as obras estão bem aceleradas”, afirmou o prefeito Leosvaldo, destacando que o terreno onde está localizado a torre foi doado pela Prefeitura.

A Secretaria de Obras do município tem dado todo apoio ao empreendimento. Ao todo são 12 funcionários trabalhando diariamente, seis na construção do muro e seis no levantamento da torre. A expectativa é que, com a chegada da operadora, todos os setores sejam beneficiados com o novo sistema de comunicação.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Rádio Fluvial mantém turista informado no Porto de Manaus


MANAUS - Jaimar Saraiva tem 43 anos e atualmente cursa o 5º período de Direito. Radialista profissional, com 25 anos de carreira, ele é responsável em manter os turistas e transeuntes (pessoas que circulam pelo local) informados, entre outras coisas, sobre a chegada e saída de barcos e navios no Porto Privatizado de Manaus. O serviço é feito pela Rádio Fluvial, que está em funcionamento há pouco mais de cinco meses e já caiu no gosto do ouvintes.
Em entrevista cedida ao Blog Jornalide, Saraiva, que comandou o programa Cidadania e Direito, com música, notícias, entrevista e reportagem, veiculados de segunda-feira a sexta-feira pela Rádio Rio Mar, fala do surgimento da Rádio Fluvial, dos serviços por ela oferecidos, de projetos de expansão e faz um alerta: falta segurança na área externa do Porto de Manaus.

Raina Felix e Cineia Brelaz


Jornalide - De quem foi a ideia de criar uma rádio dentro do Porto Hidroviário de Manaus?
Jaimar Saraiva – O projeto surgiu quando observei a grande necessidade dos os passageiros em obter informações precisas das saídas e chegadas dos barcos. O número de naufrágios e acidentes envolvendo embarcações era grande e relevante, então em uma coletiva de imprensa com o almirante da Marinha, Pedro Fava, aproveitei para sugerir a sonorização da orla e da parte interna do porto através da criação de uma rádio. A Marinha já fazia um excelente trabalho de orientação e prevenção através de folders e impressos, mas nosso povo ribeirinho não gosta muito de ler. A rádio viria para complementar esse serviço.

J – A rádio funciona há quanto e qual é o alcance dela?
JS – A rádio funciona há cinco meses e, por enquanto, está sendo direcionada aos nossos transeuntes e passageiros do Porto de Manaus. O píer (local onde atracam os barcos e navios) está todo sonorizado, a parte interna onde recebemos os passageiros também está sonorizada. A externa, que dá cobertura para a Praça da Matriz, onde se concentra um grande fluxo de pessoas por causa do terminal de ônibus, também está sonorizada. Portanto, há cinco meses a população do terminal de ônibus central ouve a Fluvial.

J–
Quantas pessoas trabalham na Fluvial e quais os dias de funcionamento da Rádio?
JS – Trabalha conosco um grupo de quatro pessoas distribuídas na parte burocrática, comercial e de apoio. Nosso expediente normal é das 6h às 18h. Funcionamos todos os dias da semana. Também trabalhamos aos domingos quando tem navios transatlânticos. Quando não tem, não há expediente.

J -
Quais os serviços prestados pela fluvial?
JS – Além de informações sobre as saídas e chegadas das embarcações, a Fluvial oferece o serviço de utilidade pública como perdidos e achados, tudo isso de forma gratuita. Os documentos que são levados até a rádio são entregues aos donos protocolados. Para receber os documentos perdidos, eles precisam comprovar que são os proprietários por meio de documentação ou procuração reconhecida em cartório, em caso de terceiros. Inclusive hoje, a rádio está buscando uma parceria junto aos jornais Diário do Amazonas e Amazonas Em Tempo para que nos finais de semana seja vinculado uma relação com os mais de 200 documentos que se encontram no achados e perdidos da Fluvial.

J – De onde vem tanto documento perdido?
JS – Sinceramente eu tenho até vergonha de falar, mas é uma verdade e uma realidade. Parece brincadeira, mas 95% dos documentos em nossas mãos são de pessoas assaltadas aqui na frente do Porto. Eu pergunto, onde está a segurança pública? Infelizmente isso repercute mal para o Amazonas e pode coibir a vinda de transatlânticos e turistas para nossa cidade.

J-
Algum turista foi assaltado em frente ao Porto?
JS - Recentemente um turista desceu de um transatlântico, foi abordado por assaltantes na frente do Porto. Ele foi espancado e roubado. Agora o Porto e a empresa responsável serão penalizados pelo ocorrido. Eu estou falando de uma situação de nível internacional. Ou seja, é vergonhoso, ‘papagaio come milho e periquito leva a fama’, pois não é obrigação do Porto se responsabilizar pela segurança externa do turista, na parte interna ele se responsabiliza, está trabalhando e já coibiu essa situação. E se as empresas de fora decidirem boicotar o Amazonas por conta disso, como vai ficar o turismo em nossa cidade?

J – Além do achados e perdidos, o que mais a rádio tem feito pela a comunidade local?
JS – Um dos serviços que mais marcou esses poucos meses de existência da Fluvial foi à campanha de arrecadação feita para ajudar Santa Catarina. A campanha contou com ajuda e sensibilidade dos turistas estrangeiros, que através de um documento feito em nome da Rádio Fluvial, foi possível recebermos 500 quilos de alimentos e donativos. Mandamos para o Jornal Diário do Amazonas, que também estava em campanha, fizemos essa parceria e enviamos para Santa Catarina.

J –
Como a rádio se mantém?
JS - A Fluvial se mantém através das parcerias com o Porto de Manaus. Além disso, trinta navios anunciam diariamente. Também fazemos anúncios e comerciais dos barcos, lojas e lojistas do Porto.

J – A rádio Fluvial pretende funcionar pelas ondas FM. Como será isso?
JS - Brevemente vamos entrar em fase experimental. Pode ser através de ondas FM ou FM Comunitária. Nosso objetivo é alcançar, principalmente, o interior do Amazonas. Ainda planejamos futuramente um programa de televisão no mesmo estilo da rádio. Estamos contratando um bilíngüe para passarmos informações aos turistas estrangeiros da cidade de Manaus, como de pontos turísticos a ser visitados.

J – Em sua opinião falta alguma atração para o turista no Porto de Manaus?
JS – Falta algo diferente na recepção dos turistas que chegam a Manaus. O Amazonas é conhecido hoje mundialmente pelo Festival Folclórico de Parintins, que é o maior do mundo. Assim como o Havaí recepciona seus turistas em seu estilo, com músicas, danças e adereços, poderíamos fazer da mesma forma, usando o nosso estilo regional para recepcioná-los de forma diferente.

Botos atraem turistas para Novo Airão


Kamila Mendes

NOVO AIRÃO (AM) - A construção da ponte sobre o Rio Negro, prevista para ser entregue até dezembro deste ano, impulsionou o turismo no município de Novo Airão. Distante 105 quilômetros de Manaus, por via terrestre, a cidade recebe uma média de 1,5 mil visitantes por fim de semana. Já nos feriados prolongados, atinge a marca dos 2 mil. Moradores atribuem esse resultado aos “encantos” dos botos cor-de-rosa, que há 11 anos, atraem turistas do mundo inteiro para a cidade.
No feriado da Semana Santa, por exemplo, a disputa para ver e tocar os animais foi grande. “O maior atrativo turístico do município é a visita aos botos. Novo Airão chega a receber mais de 2 mil turistas por semana, em época de alta temporada”, afirma a proprietária do flutuante Boto Cor-de-Rosa, Marilda Medeiros.

Visitação
Os animais ficam disponíveis para visitação no flutuante de Marilda, no período das 9h às 17h. No local é possível manter contato direto com 16 botos, alimentá-los e, para os mais corajosos, é possível até mesmo nadar com eles.

A “criação” de botos começou naturalmente. Há 11 anos os animais apareceram em volta do restaurante flutuante de Marilda Medeiros. Ela passou a alimentá-los, mas quem começou a amizade com os golfinhos da Amazônia foram as filhas Mariza e Monique. Na época, segundo lembra Marilda, o comportamento das meninas despertou a indignação dos moradores da cidade.
Por ser um animal mítico, cercado por lendas e tradições, a criação de botos nos arredores do Porto de Novo Airão não foi bem vista pela população local. “No início nos chamavam de pitiuzentas(quem cheira a peixe), diziam que éramos loucas por nadar com os botos. As meninas chegaram a apanhar de outras crianças na escola”, conta Medeiros.

Nome próprio
A amizade entre as mulheres e os botos é tanta que cada animal possui um nome próprio. Hoje a família é composta por 16 membros e a tendência é que o número de integrantes aumente.
O ponto de visita e alimentação aos botos representa boa parte da renda familiar de Marilda. Os turistas e visitantes locais pagam uma taxa no valor de R$ 10 pelo prato de pescado, usado para alimentar os animais. Para turistas estrangeiros o preço é R$15.

Além dos botos, Novo Airão oferece ainda como opção turística, a Estação Ecológica de Anavilhanas, arquipélago com cerca de 400 ilhas. Porém as visitas são limitadas aos turistas comuns. A estação Ecológica está aberta para pesquisas científicas, mas dependem da permissão do órgão responsável, que no caso do arquipélago é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Amazonas (Ibama).

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acadêmicos de Jornalismo da FBN fazem visita técnica a Novo Airão


Adriana Araújo

NOVO AIRÃO (AM) - Enquanto muita gente descansou no feriado prolongado da Semana Santa, os acadêmicos do 7º período de Jornalismo da Faculdade Boas Novas (FBN) “suaram a camisa”. Eles passaram o feriado elaborando pautas e produzindo matérias jornalísticas sobre o município de Novo Airão, a 105 quilômetros de Manaus por via terrestre. A visita técnica aconteceu no período de 10 a 12 de abril e fez parte de uma atividade prática da disciplina Webjornalismo, ministrada pela professora Jonária França.

Um total de oito acadêmicos participou da atividade. O diretor de redação do Jornal do Commercio (de Manaus), Eustáquio Libório e coordenador de laboratório da FBN, Dan Lúcio Reis, também integraram a equipe. Durante os três dias os universitários produziram diversas matérias para este blog e para um telejornal laboratório da disciplina Telejornalismo, ministrada pela professora Daniele Gama.

Entre os assuntos abordados está o potencial turístico da região, a prática da piscicultura e a produção de artesanato, principais atividades econômicas de Novo Airão.

Objetivo
De acordo com a professora Jonária França, a atividade teve o objetivo de aproximar os acadêmicos da realidade do município e mostrar como funciona, na prática, o dia a dia de um repórter. “Como futuros jornalistas eles precisam viver a prática e ter a experiência de produzir suas próprias matérias. Uma atividade como esta possibilita esse conhecimento, dá a idéia exata de como é feito o trabalho jornalístico e ainda prepara os alunos para uma realidade fora da sala de aula”, afirmou.

A FBN disponibilizou equipamentos como, câmeras fotográficas, câmeras de vídeos e microfones para a produção das matérias para a TV e a prefeitura de Novo Airão deu todo suporte necessário para a estadia dos alunso.
A acadêmica Estefânia Ruis, conta que a viagem além de servir como atividade acadêmica, ainda possibilitou a eles, agregar conhecimento e adquirir experiência. “O bom de participar de uma viagem como essa é a oportunidade de conhecer mais sobre os municípios do Amazonas e principalmente, colocar em prática o que aprendemos em sala de aula”, entusiasmou-se.

Visitas
Os acadêmicos visitaram locais como o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), Associação dos Artesãos de Novo Airão e o Flutuante Leão da Amazônia, que também é um ponto turístico do local. Entre as visitas e passeios realizados, eles tiveram a oportunidade de conhecer dois dos maiores atrativos turísticos da cidade: o arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, com mais de 400 ilhas e os famosos botos cor-de-rosa. Na ocasião, os estudantes alimentaram os animais e aproveitaram para fazer da visita, um momento de descontração em meio à produção da monografia.

Na opinião da acadêmica Kamila Mendes, a atividade foi uma oportunidade única para todos que participaram. “Nunca estive tão próxima de botos, nem tampouco tive a chance de alimentá-los. Essa experiência é singular. Tivemos a oportunidade de fazer valer o que aprendemos em sala de aula e, principalmente, conhecer as aventuras que um repórter passa diariamente”, comentou Kamila.