domingo, 17 de maio de 2009

Deputada faz palestra na FBN


Em palestra para acadêmicos do 5º e 7º períodos de Jornalismo da FBN, a deputada Conceição Sampaio (PP), diz que mulheres precisam participar mais da política no AM

Arleiton do Vale

MANAUS - A participação da mulher na política e a Lei 11.340/2006 (Maria da Penha) foram os temas da palestra da deputada Conceição Sampaio (PP/AM), no último dia 12 deste mês, na Faculdade Boas Novas (FBN). Por quase duas horas, a parlamentar explicou a aplicabilidade da lei e a importância da presença das mulheres nas Casas Legislativas para os acadêmicos do 5º e 7º períodos do curso de Jornalismo, do turno da noite.

O encontro aconteceu no laboratório multimídia, como parte das atividades da disciplina Web Jornalismo, ministrada pela professora Jonária França.

Segundo Conceição Sampaio, no Brasil as mulheres são 51,78% do eleitorado, mas a representação delas nas Casas legislativas se mantém encolhida. “Não é dada condições para as mulheres estarem na vida pública”, atestou se queixando que uma campanha política é muito cara. Além disso, quando as mulheres assumem um cargo eletivo continuam sendo dona de casa paralelamente ao mandato.

“No Parlamento assunto de interesse feminino como câncer de mama precisa ser discutido, por isso, é importante a presença da mulher no Parlamento.

Direitos
Desde a Constituição Federal de 1988 as mulheres começaram a ter seus direitos resguardados, como a licença maternidade, que era de 90 dias, passou para 120 dias e agora está em 240 - depende de a empresa aceitar.

Conforme os dados apresentados pela deputada, a história da mulher na política diz que, durante muitos anos, a mulher não tina sequer o direito de pensar, a partir de 1932 as mulheres tiveram direito ao voto.

Em 1979, Eunice Michillis, representante do Amazonas, tornou-se a primeira mulher senadora brasileira e, em 1994, Benedita da Silva se tornou a primeira senadora negra do Brasil.

Maria da Penha
Exercendo o primeiro mandato, Conceição Sampaio tem se dedicado a defesa da família, em especial, à lei que recebe o nome de Maria da Penha. Em entrevista coletiva, a deputada contou um pouco da história de Maria da Penha, uma cearense, biofarmacêutica, que conheceu o esposo na faculdade. Ele não era brasileiro e precisava casar para conquistar o visto permanente para viver no Brasil. Maria da Penha, apaixonada, fez a vontade dele e teve suas filhas.

Maria da Penha sofreu tentativas de homicídio por várias vezes. Ele tentou matá-la eletrocutada, deu um tiro nas costas enquanto dormia, deixando-a paraplégica, na cadeira de rodas. De tanto ser maltrada, Maria da Penha decidiu lutar pelos direitos em defesa das mulheres que passaram ou passam pelo mesmo problema dela: a violência doméstica.

Segundo Conceição Sampaio a lei, que em 2006 foi promulgada pelo presidente Lula é uma das políticas públicas para as mulheres. “Vivemos em uma sociedade marginalizada, não adianta criar leis se, na prática, as pessoas estão se destruindo”, afirmou, citando como exemplo, uma mãe que matou o filho que se drogava desde os 14 anos. “O Estado tem que proteger a família, isso é lei”, completou.

O Amazonas tem uma rede de proteção a mulher, composta por uma delegacia, um serviço emergencial, uma casa de abrigo e, na Assembléia Legislativa, existe o Centro Humanitário de apoio à Mulher (CHAMe). A deputada é presidente da Comissão dos Direito da Mulher, que tem como dever, discutir os Projetos de Lei (PL) relacionados ao assunto.

Idosos recebem homenagem da Semasc


Cinéia Brelaz e Estefânia Ruis

MANAUS - A Secretária Municipal de Assistência do Vale do Amanhecer no bairro de Petrópolis fez uma festa em homenagem às mães que participam de projeto voltado para as comunidades. A melhor idade foi privilegiada no evento.

A Casa do Cidadão, através de seu coordenador Francisco Chagas de Souza e da instrutora das atividades praticadas com o grupo de mulheres, jovens e crianças, Graciete Cardoso, homenageou as mães com muita música, bolo e discursos que, exaltaram as qualidades das mulheres guerreiras da terceira idade. Durante a festa, foram expostos os trabalhos confeccionados pelo grupo de alunas da comunidade. Entre eles, sandálias decoradas com miçangas, guardanapos pintados, toalhas bordadas em ponto cruz e vagonite, brincos e outros.

Dona Luíza Oliveira de Castro, 79, foi a mãe mais velha do evento e recebeu um prêmio destaque do grupo. Ela tem oito filhos, pratica atividades físicas e não tem vergonha de dizer que joga futebol junto com suas companheiras Maria das Dores, 76 - doze filhos -, Silvana Correia, 73 - seis filhos -, Francisca da Silva, 78 e Neide Andrade de 71 anos, que deu um show ao recitar uma poesia em homenagem às mães. A aposentada disse que, enquanto tiver forças vai continuar praticando esporte, aliás, são várias modalidades esportivas praticadas no grupo.

A semasc também oferece outras modalidades esportivas, entre as quais estão futsal, ping-pong e capoeira. No grupo de terapia Ocupacional, que é voltada para idosos, participam 16 senhoras na faixa etária de 50 a 72 anos.

As atividades acontecem de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h. O curso de pintura em tecido dura seis meses, decoração de chinelos, um mês. Todo material usado nos trabalhos pertencem aos alunos. No final do curso eles levam pra casa e já podem começar comercializar seus produtos. No final da festa foi feito um sorteio entre todas as mães presentes, que saíram satisfeitas do evento.

Acadêmicos de jornalismo visitam cemitério


Iane Kelly

MANAUS - Na tarde de sábado (02), enquanto muitos aproveitavam para descansar, passear com a família ou jogar aquela partida de futebol, a turma do 7º período de Jornalismo da Faculdade Boas Novas (FBN), visitou o Cemitério São João Batista localizado, na Avenida Boulevard Álvaro Maia, Zona Sul de Manaus.

A finalidade da visita era desenvolver a criatividade da turma. Ao chegar ao local, os alunos se espalharam à procura de pautas. O ambiente não ajudava muito as idéias fluírem. A paisagem era composta por cruzes em todos os lugares, estátuas de anjos e dezenas de túmulos do simples concreto aos mais sofisticados cobertos por mármore - existem alguns túmulos até com coberturas, altar para acender velas e banquinhos para os visitantes ficarem acomodados e mais confortáveis.

Após uma breve conversa com os funcionários da administração do cemitério, que estavam de plantão, foram surgindo idéias do que poderia ser notícia, entre os temas surgiram: autônomos que ganham a vida como lavadores de túmulos, o cemitério dos judeus, pedreiros que ganham em torno de R$ 2 mil ao mês construindo os túmulos e a paixão dos góticos pelo ambiente tranquilo e reflexivo do cemitério.

A acadêmica Kássia Macedo entrevistou uma componente do grupo de góticos de Manaus que explicou a atração do seu grupo por cemitério e também o porquê de não ser mais permitido a permanência deles no local. O vídeo está disponível nas páginas do Jornalide.

No final das apurações os estudantes se reuniram e discutiram suas pautas. Segundo Cinéia Brelaz, o que não falta é criatividade para essa turma, pois conseguiram extrair notícias interessantes do cemitério.