domingo, 3 de maio de 2009

Palacete Provincial custou R$ 6,5 mi

O investimento restaurou a memória histórica de Manaus

Kessia Cristina Cabral Fonseca

MANAUS - Todas as manhãs o cidadão amazonense que reside ou trabalha nas proximidades da Praça da Polícia, no Centro de Manaus, tem o privilégio de ouvir a banda da Policia Militar (PM) tocar a alvorada anunciando um novo dia e ver o corpo de agrupamento militar se preparar para erguer as bandeiras do Município, do Estado e da Nação. Tudo isso porque um investimento da ordem de R$ 5,6 milhões foi destinado à revitalização do antigo prédio onde funcionava o quartel general da PM, hoje transformado em Palacete Provincial.

A idealização, prevista no projeto Belle Epoque (reconstrução dos monumentos históricos da cidade de Manaus), foi uma iniciativa do governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Manaus. O resultado é uma vasta obra que afirma a identidade cultural do povo amazonense.
Com o Palacete Provincial, as Praças Roosevelt, Gonçalves Dias e Heliodoro Balbi, que compõem o complexo da Praça da Polícia, se tornaram mais que um atrativo turístico. O local se transformou em um cenário vivo de uma história contada por meio de objetos e materiais expostos. Eles remetem à memória cultural da sociedade amazonense.

No prédio estão diversas coleções de peças pertencentes ao acervo do Estado, com destaque para o Museu da Numismática (coleções de moedas) e o acervo do Museu da Imagem e do Som, composto por 450 peças entre vídeos, fotos, slides, CDs e DVDs, que contam a história do Amazonas e estarão à disposição para consulta dos usuários. Existe ainda o ateliê de restauro de obras de arte e de papel, réplicas das maiores esculturas do Mundo (adquiridas no Museu do Louvre, na França). A história da PM também é contada, o resgate histórico é feito com a exposição de roupas, armamentos e documentos da corporação, no Museu Tiradentes, que abriga ainda o Gabinete do Comandante.

O curioso é que o visitante pode ouvir os tiros disparados pelas armas expostas por meio de fones de ouvido, ou conhecer uma cela onde eram mantidos os prisioneiros, preservada em suas condições originais.

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