sexta-feira, 24 de abril de 2009

Botos atraem turistas para Novo Airão


Kamila Mendes

NOVO AIRÃO (AM) - A construção da ponte sobre o Rio Negro, prevista para ser entregue até dezembro deste ano, impulsionou o turismo no município de Novo Airão. Distante 105 quilômetros de Manaus, por via terrestre, a cidade recebe uma média de 1,5 mil visitantes por fim de semana. Já nos feriados prolongados, atinge a marca dos 2 mil. Moradores atribuem esse resultado aos “encantos” dos botos cor-de-rosa, que há 11 anos, atraem turistas do mundo inteiro para a cidade.
No feriado da Semana Santa, por exemplo, a disputa para ver e tocar os animais foi grande. “O maior atrativo turístico do município é a visita aos botos. Novo Airão chega a receber mais de 2 mil turistas por semana, em época de alta temporada”, afirma a proprietária do flutuante Boto Cor-de-Rosa, Marilda Medeiros.

Visitação
Os animais ficam disponíveis para visitação no flutuante de Marilda, no período das 9h às 17h. No local é possível manter contato direto com 16 botos, alimentá-los e, para os mais corajosos, é possível até mesmo nadar com eles.

A “criação” de botos começou naturalmente. Há 11 anos os animais apareceram em volta do restaurante flutuante de Marilda Medeiros. Ela passou a alimentá-los, mas quem começou a amizade com os golfinhos da Amazônia foram as filhas Mariza e Monique. Na época, segundo lembra Marilda, o comportamento das meninas despertou a indignação dos moradores da cidade.
Por ser um animal mítico, cercado por lendas e tradições, a criação de botos nos arredores do Porto de Novo Airão não foi bem vista pela população local. “No início nos chamavam de pitiuzentas(quem cheira a peixe), diziam que éramos loucas por nadar com os botos. As meninas chegaram a apanhar de outras crianças na escola”, conta Medeiros.

Nome próprio
A amizade entre as mulheres e os botos é tanta que cada animal possui um nome próprio. Hoje a família é composta por 16 membros e a tendência é que o número de integrantes aumente.
O ponto de visita e alimentação aos botos representa boa parte da renda familiar de Marilda. Os turistas e visitantes locais pagam uma taxa no valor de R$ 10 pelo prato de pescado, usado para alimentar os animais. Para turistas estrangeiros o preço é R$15.

Além dos botos, Novo Airão oferece ainda como opção turística, a Estação Ecológica de Anavilhanas, arquipélago com cerca de 400 ilhas. Porém as visitas são limitadas aos turistas comuns. A estação Ecológica está aberta para pesquisas científicas, mas dependem da permissão do órgão responsável, que no caso do arquipélago é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Amazonas (Ibama).

4 comentários:

  1. Oi Kamila. Viu como nosso esforço valeu a pena???!!!
    Parabéns pela matéria.
    Abraço
    Jonária França

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  2. Oi, Kamila!
    Vou a Manaus na semana santa, mas so ficarei 2 dias. Estava pensando em fazer uma visita a Airao para ver os botos. Vou sozinha. É facil de chegar? Voce recomenda esse passeio?
    Adorei sua foto.

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  3. Boa noite! Sou jornalista da Rede Record e gostaria de parabenizar pela matéria! Sucesso para vocês!
    Só faltou um mapa... Mas já ajudou bastante!

    Martha Magalhães

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  4. Sou gestor ambiental e vivo no baixo Amazonas, aqui os botos recebem um tratamento distanciado, acho que como em toda essa região, são muitos os mitos que estão no imaginário, e por dizerem que ele é malino, que rasga malhadeira e come muitos peixes, em fim, muitas historias que mantem o ser humano afastado desde animal que é muito inteligente e muito fascinante, minha ideia era ter um flutuante desses. Abraço!

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