segunda-feira, 11 de maio de 2009

Família sobrevive com trabalho no Cemitério


Trabalhador tem renda média mensal de R$ 2,2 mil cuidando de sepulturas no São João Batista


Arleiton Bezerra do Vale

MANAUS - Há 18 anos Raimundo Rodrigues Filho (51). Raimundão construtor, como é conhecido, ganha a vida no Cemitério São João Batista, cuidando e construindo túmulos. “Um túmulo com três gavetas custa em média R$ 3 mil, eu dando todo o material e sobram R$ 2 mil de lucro’’, contou.

Com uma renda mensal de R$ 2,2 mil, Raimundo sustenta as quatro pessoas de sua família e, segundo ele, tudo que conseguiu na vida é fruto de seu trabalho no cemitério, além dele, a sua esposa e seu filho Ronaldi, também aderiram à profissão.

A família zela de 62 túmulos contando com mausoléu e capela. O preço varia de acordo com o serviço prestado. Um mausoléu e um túmulo custam algo em torno de R$ 50 por mês, já uma capela sai por R$ 150. Para ajudar na renda, a família juntam cera de vela e vende a R$ 7 a lata. Quando se aproxima o dia dos finados o expediente se estende até à 20 horas.

Raimundão construtor disse que o cemitério é o melhor lugar do mundo. “É calmo e não tem confusão, alguns tempos atrás assaltantes invadiam o cemitério para roubar os visitantes, mas agora está mais seguro, porque quatro seguranças fazem a ronda aqui”, informou.

Histórias de fantasmas
Durante os 18 anos de profissão, ele conta não ter visto uma pobre alma, mas alguns colegas contam histórias mirabolantes do local. “Um amigo meu costumava comprar merenda no comércio ao lado do cemitério e, um dia, a pessoa que o atendeu estava toda de preto. Ele achou estranho e, quando olhou para traz, o homem virou fumaça”, contou, Raimundão que autorizou a divulgação do seu telefone para quem precisar dos seus trabalhos no cemitério São João Batista: 9145-9869.

Nenhum comentário:

Postar um comentário